Os programadores de vírus que buscam ganhos financeiros com suas criações estão aumentando cada vez mais, de acordo com um relatório divulgado pela Symantec nesse domingo. O relatório diz que códigos maliciosos que roubam dados somaram mais de 70% dos vírus na lista do Top50 nos primeiros seis meses de 2005, enquanto eles somavam apenas 54% nos últimos seis meses de 2004.
Criadores de vírus geralmente desenvolviam pragas para ganhar fama e reconhecimento no underground, criando vírus complexos cujo o único objetivo era se espalhar para o maior número de sistemas. Atualmente, o foco da maioria dos programadores de vírus mudou para trojans que roubam os dados e certificam que o usuário seja incapaz de rodar antivírus e firewalls para prevenir que sejam detectados e removidos.
Esses dados podem ser usados para roubar a identidade da vítima, clonar celulares, contas de telefone, ou roubar a conta do banco. Dessa forma o criador do vírus pode usar serviços gratuitamente, enquanto a vítima paga o preço. Outros podem simplesmente preferir vender essa informação.
O relatório diz o que já foi observado com o roubo dos cartões de crédito e grandes esquemas de roubo de identidade. Especialistas da área também altertaram anteriormente para a existência de worms como o Myfip, que atacavam a Intranet de empresas e roubavam dados que eram vendidos para concorrentes ou outros indivíduos interessados.
Redes formadas por computadores zumbis, controlados pelo criador de vírus, também são vendidas para qualquer um interessado depois que a mesma possui um grande número de sistemas sob o controle do cracker. De acordo com o relatório, essas redes são cada vez mais valorizadas pelos seus compradores, o que significa que haverá cada vez mais incentivo para que os programadores dos bots melhorem suas criações para manter o controle dos zumbis durante mais tempo.
Outros criadores de vírus também vendem versões “especiais” das pragas, que não são lançadas ao público. Com isso, o código malicioso não será detectado pelo antivírus. Essas pragas podem custar até 2500 reais, com versões personalizadas disponíveis para quem quiser pagar mais.
