Entrou em vigor na Itália uma medida antiterrorista em que os usuários que quiserem utilizar cibercafés, ou outros pontos de acesso para a Internet, devem ser identificados por meio do seu passaporte. O objetivo é capturar terroristas limitando sua atividade na rede e desencorajá-los a utilizar a Web.

Qualquer estabelecimento que forneça serviços de comunicação — como acesso à Internet, uso pago do telefone ou fax — deve fazer fotocópias do passaporte de todos que utilizarem seus serviços. Os sites visitados pelos usuários também devem ser guardados pelo estabelecimento.

A nova lei não foi bem aceita por grande parte da população italiana.

Donos de cibercafés reclamam que a regulamentação diminuiu o número de usuários, já que algumas pessoas desistem diante da exigência do documento e da possibilidade de rastreamento dos sites visitados. “Isso é uma perda de tempo. Terroristas não usam cibercafés,” disse, Silvia Malesa, dona de um estabelecimento, de acordo com o The Christian Science Monitor.

Os usuários, por sua vez, comparam-na às leis antiterroristas dos Estados Unidos, que permitem ao governo obter informações sobre a utilização da Internet por uma pessoa sem que a mesma seja notificada, violando sua privacidade.

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Escrito por Altieres Rohr

Editor da Linha Defensiva.

52 comentários

  1. Avatar de Desconhecido

    É uma medida interessante; mais não resolve absolutamente nada, não vai ser o uso do computador que vai matar pessoas, além do mais se tal pessoa usar qualquer computador´por uma única vez, mesmo que seja o seu particular seria impóssivel um rastreamento, e mesmo que esse fosse póssivel e feito, seria tarde demais para evitar qualquer coisa. Redes terroristas são extremamentes ricas; o suficiente para gastar miseros 3.000,00 reais ou cerca de 2.000,00 dolares em um computador.
    Mais toda e qualquer ação feita para enibir esse tipo de coisa, é sempre bem vinda.

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  2. Avatar de Desconhecido
    Gilberto Martins 19/10/2005 às 09:53

    Anderson: Como vc sabe q um terrorista usa ou não um cyber ? Pelo q vejo, até então não havia controle sobre o uso, exceto pelo uso de sistemas simples. Quando se usa. Muitos permitem acesso apenas como “visitante”.

    Van der: Mesmo tendo seu computador, ele precisa de acesso à internet. Aqui, se alugaria a Telemar, ou um serviço gratuito. Mas correria o risco de ser preso e ter provas em seu micro. Pouco provável.

    Kazuo: A privacidade não deve em hipótese nenhuma ser agressiva a outrem. Se a privacidade é escudo para atos escusos, que seja quebrada. De todos ? Como disseram, quem não deve não teme.

    Cleiton: Gerenciamento de domínios não está centrado nos EUA. No Brasil, está a cargo da FAPESP, por exemplo.

    Técnicamente, não vejo nenhum problema em pedir uma cópia do passaporte. Muito menos de se fazer o cadastro com dados completos dos seus usuários habituais. Nada de CPF ou RG, mas pelo menos uma conta de luz com dados verdadeiros.

    Imaginem se eu tendo uma lan house, receber a visita da PF me informando que acessos a sites de pornografia infantil foram feitos a partir do meu cyber. A princípio, sou eu o responsável, e se não puder justificar, sou pelo menos cúmplice ou favorecedor. Mas se souber quem acessou e qdo, estou (teoricamente) isento da culpa. Num primeiro momento se pensa apenas na “invasão de privacidade” do usuário. E na proteção ao proprietário do estabelecimento ?

    Sou favorável a isso sim, e a outros procedimentos internos de identificação do usuário. Não pense apenas nos terroristas islâmicos, como a mídia nos leva a pensar, mas pense nos pedófilos virtuais, nos falsificadores, nos lammers, nos crackers, nos scammers.

    E por favor, hacker não é necessáriamente bandido. Aprendam um pouco mais vendo estes links:
    http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=define:Hacker
    http://tumitus.com/glossario.php#H

    Também é terrorismo espalhar falsas notícias ou meias verdades pela internet. E (sendo meio radical) considero como terrorista auxiliar inconciente os que concordam com estas notícias e as difundem adiante, sem sequer validar a veracidade destas informações.

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