Ed Foster, jornalista e blogueiro da InfoWorld, morreu aos 59 anos neste último sábado (26/07) depois de sofrer um ataque cardíaco. A notícia foi publicada somente na segunda (28) pela própria InfoWorld, no blog The Gripeline. O jornalista trabalhou durante 20 anos na InfoWorld.
Foster tomava o partido de seus leitores e criticava as práticas de empresas de tecnologia que prestavam serviços duvidosos ou de má qualidade, publicando as experiências com produtos e serviços tecnológicos que seus leitores lhe encaminhavam. Políticas governamentais a respeito de segurança e tecnologia também eram um tema de seu blog, que cobrava melhores resultados e serviços do governo e das empresas.
Os últimos alvos das críticas de Foster foram o Yahoo! e as tecnologias de Digital Rights Management (DRM). A gigante de Internet anunciou este mês que irá desligar seus servidores DRM em setembro, deixando todos os clientes que compraram músicas protegidas “na mão”. Foster publicou comentários de leitores e fez alguns ele próprio, acreditando que situações como esta vão se repetir ainda no futuro com downloads de filmes, e-books e softwares — pelo menos até que gravadoras, editoras e estúdios entendam que DRM é uma batalha perdida que apenas atrapalha os consumidores que pagam.
No lugar de flores, a família de Foster pede que sejam feitas doações à Electronic Frontier Foundation (EFF) em nome do jornalista. Como Foster, a EFF também protege consumidores e cidadãos contra práticas abusivas relacionadas à rede e à tecnologia, como censura e violações de privacidade e DRM, envolvendo-se, muitas vezes, diretamente em processos judiciais importantes para a criação de boa jurisprudência.
É, certamente o que não apenas o jornalista, mas a pessoa “Ed Foster”, desejaria.
Embora a família de Foster provavelmente nunca tenha ouvido falar do Blog da Redação aqui da Linha Defensiva, a verdade é que acompanhei o trabalho de Foster e li muitas de suas colunas. É realmente uma personalidade que fará falta não só à InfoWorld, mas aos muitos cidadãos que são vítimas de produtos e serviços de má qualidade e que sentem-se impotentes frente às enormes corporações e suas contas bancárias ilimitadas.