Uma corte dos EUA ordenou a paralisação das operações do spyware Media Motor. O processo foi iniciado pelo FTC, órgão independente do governo norte-americano que busca proteger os consumidores e punir práticas anticompetitivas, contra a ERG Ventures e um de seus afiliados, Timothy P. Taylor.
De acordo com o FTC, o software Media Motor era instalado, sem o consentimento do usuário, por protetores de tela e vídeos que eram oferecidos “gratuitamente” e que não revelavam a inclusão do spyware. Após instalado, o Media Motor baixava pragas que espionavam o usuário e exibia pop-ups com propagandas enganosas, diminuindo a performance do sistema.
Outros sintomas apresentados eram a mudança da página inicial do navegador, a instalação de barras de ferramentas que rastreavam as visitas dos usuários para exibir anúncios e a adição de ícones indesejados na área de trabalho. O FTC diz que o spyware também desativava softwares antivírus e anti-spyware no computador afetado, tornando a remoção dos programas uma tarefa quase impossível.
O acordo de licença do software também era fraudulento. Mesmo recusando o acordo, os usuários não estavam livres dos malwares instalados pelo Media Motor, apesar do Media Motor em si, que não era instalado. O FTC agora procura parar permanente as operações e práticas ilegais da ERG Ventures e pedir à corte que ordene a empresa e seu afiliado a devolverem os ganhos obtidos ilegalmente. De acordo com o FTC, a Microsoft apoiou o processo.
O FTC também multou a desenvolvedora e distribuidora de spyware Zango (ex-180Solutions) em 3 milhões de dólares no início deste mês.