A Polícia Nacional da Espanha prendeu na cidade de Valência, neste último sábado (23/06), um homem de 28 anos cuja identidade não foi revelada. Ele é acusado de criar e difundir mais de 20 variantes de pragas digitais que afetam telefones celulares baseados no sistema Symbian e que, acordo com a polícia, fizeram até 115 mil vítimas.

O homem é acusado de criar os vírus CommWarrior e Cabir, que afetaram centenas de celulares só durante o mundial de atletismo de 2005 em Helsinque, na Finlândia. As investigações, que duraram sete meses, foram realizadas pela Brigada de Investigação Tecnológica (BIT).

Os vírus eram espalhados de várias formas. Notícias esportivas, imagens pornográficas e programas piratas eram algumas das iscas usadas para convencer os usuários a executar a praga no celular, que chegava por mensagens multimídia (MMS).

As pragas também se espalhavam por bluetooth, que é um meio de propagação consideravelmente mais lento, já que o vírus só pode se espalhar caso o alvo esteja próximo do aparelho infectado. Por outro lado, infecções por bluetooth não podem ser rastreadadas e bloqueadas facilmente pelas operadoras, como é o caso do MMS.

O criador do Cabir é um programador de vírus conhecido como Vallez, do grupo 29A. O 29A costuma criar pragas inovadoras e que atacam plataformas diferentes: membros do grupo são responsáveis pelos primeiros vírus para as plataformas Windows 64-bit e PocketPC. Não há confirmação de que o acusado preso e Vallez são a mesma pessoa.

A operação foi chamada de Leslie, que também é o nome da noiva do acusado, pois esta recebia dedicatórias no código das pragas digitais.

Escrito por Altieres Rohr

Editor da Linha Defensiva.

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