Crackers atacaram sistemas pertencentes ao Large Hadron Collider (LHC — Grande Colisor de Hádrons), o equipamento responsável pela realização de experimentos com aceleração de partículas considerado a máquina mais complexa já criada. A invasão ocorreu no mesmo dia em que o LHC entrou em operação, na quarta-feira (10).
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Um grupo de cracking denominado “Greek Security Team” (GST) assumiu a responsabilidade do ataque. Os sistemas de controle da máquina não foram penetrados, mas uma página web no servidor localizado no endereço cmsmon.cern.ch foi alterada.
O jornal britânico The Daily Telegraph, que inicialmente noticiou o ocorrido, publicou uma extensa reportagem detalhando o ataque.
Segundo informações do jornal, o alvo foi o CMSMON, o sistema de monitoração do Compact Muon Solenoid (CMS), um dos detectores de partículas que coletarão os dados dos experimentos do Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear (CERN), principal entidade responsável pelo LHC.
O servidor atacado não está mais disponível para acesso público. Segundo o porta-voz do CERN James Gillies, os sistemas de controle do Grande Colisor estão em uma rede mais protegida do que a atacada pelo GST.
A reportagem do Telegraph afirma, com base em mensagens traduzidas do grego deixadas pelo GST, que não houve a intenção de interferir na operação LHC, mas mostrar a existência de vulnerabilidades.