
Imagem plantada pelo vírus no lugar dos arquivos legítimos. (Foto: Reprodução)
O criador do vírus Ika-tako (lula-polvo em português) foi condenado à prisão em Tóquio nesta sexta-feira (22). Masato Nakatsuji, de 28 anos, foi condenado a passar dois anos e seis meses atrás das grades por cometer crimes na internet, na primeira condenação da lei de cibercrime japonesa.
O Japão aprovou recentemente uma lei que criminaliza a criação de malwares, punindo os culpados por no máximo três anos de prisão.
Masato Nakatsuji já havia sido preso em 2008. Nessa ocasião o preso foi culpado por violação dos direitos autorais, pois o código malicioso usava imagens da série Clannad. Foi uma acusação alternativa, já que ainda não havia uma legislação que punisse crimes online.
Foi durante a liberdade condicional concedida após essa primeira acusação que o programador criou a nova praga, dessa vez usando uma imagem própria para evitar o uso da lei de direito autoral.
“Foi um crime engenhoso, planejado para espalhar um vírus de computador por um longo período de tempo. O réu cometeu o crime enquanto ele estava em liberdade condicional por uma acusação semelhante. Eu não tenho outra escolha, a não ser mandá-lo para a prisão”, disse o juiz Masaru Okabe.
O Ika-tako recebeu esse nome por ser um vírus destrutivo que roubava e apagava arquivos, e depois os substituía por desenhos de polvos, lulas e ouriços-do- mar. A praga já chegou a infectar 50 mil computadores de todo o mundo.
O vírus se espalhava através de programas de compartilhamento de arquivos peer-to-peer (P2P), utilizando principalmente o Winny, programa da categoria muito popular no Japão.