Premiação Eko Party (Foto: Anchises de Paula)

Brasileiros na premiação, ao final da brincadeira. Fernando Amatte é o primeiro à esquerda. (Foto: Anchises de Paula)

Um evento de segurança da informação chamado Eko Party ocorreu na Argentina entre os dias 21 e 23 de setembro. Considerado uma “DEF CON” latino-americana – em referência à tradicional conferência que acontece em Las Vegas -, o evento contém diversos desafios, entre eles o Capture The Flag (“Capture a bandeira”, em português) e, este ano, foi marcada por uma disputa acirrada entre brasileiros e argentinos, aquecida pela conhecida rivalidade entre os dois países.

A competição de CTF se dá entre várias equipes. Cada uma delas precisa realizar diversas tarefas, desde engenharia reversa até a invasão de sistemas adversários, enquanto defende seu próprio sistema contra ataques dos outros competidores. A equipe que resolver um desafio tem acesso à “bandeira”, que é na verdade um conjunto de 32 caracteres, e vale como pontuação.

De última hora, a equipe do especialista em segurança Fernando Amatte e outros cinco brasileiros resolveu participar do desafio, sendo os únicos estrangeiros da brincadeira. Devido ao atraso, os brasileiros começaram a prova com desvantagem em relação aos argentinos.

O desafio era realizado em máquinas virtuais que utilizavam Linux, que continha diversos serviços vulneráveis que não poderiam ser desativados, e sim protegidos. Segundo Fernando, esse desafio “pode ser visto como um simulador”, pois prepara os especialistas para agir da melhor forma em situações da vida real.

Antes da pausa para o almoço, Fernando encontrou uma falha no servidor “que ninguém mais viu”, e que foi discutida e explorada pela equipe brasileira, denominada “Coca Cuela”. Os brasileiros conseguiram pontuar mais que todos os outros times, provocando uma “união” por parte das outras equipes argentinas contra os brasileiros. “Em determinado momento percebemos que o meio da mesa estava limpo e um grande grupo de pessoas estava concentrado na outra ponta da mesa. Nessa hora percebemos que eles estavam se aliando”, conta o brasileiro.

Os dois times ficaram empatados em primeiro, porém os brasileiros ficaram na segunda colocação, já que segundo as regras, em caso de empate venceria o time que pegasse a primeira bandeira. Como os brasileiros começaram com atraso, a vitória foi dos argentinos.

Qual foi a maior mancada dos dois times? “Ao meu ver o erro deles foi a estratégia errada após a união dos grupos. Nossa maior mancada foi não estarmos preparados para competir”, responde Fernando. “A gerência correta do grupo poderia ter nos levado à vitória”.

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Escrito por Giovane Martins

Licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestrando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Estudante de especialização em Educação, com ênfase em Ensino de Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Editor adjunto da revista Redescrições. Membro do GT da ANPOF "Semiótica e Pragmatismo" e membro associado da The Richard Rorty Society. Finalista do Prêmio JOTA/Inac de Combate à Corrupção do ano de 2016. Participou da organização do XIV Congresso Internacional da Société Internationale pour l'Étude de la Philosophie Médiévale (SIEPM). Atua nas seguintes linhas de pesquisa: Tolerância no Liberalismo Moderno; Liberdade de Expressão; Pluralismo de Valores; Liberalismo; Socialismo; Social-Democracia; Filosofia Política e Social; Filosofia Moderna.

1 comentário

  1. Eu estava lá na torcida e reclamei muito desta regra da “primeira bandeira” como critério de desempate.
    Em minha opinião para que esta regra seja justa, todos os grupos deveriam entrar na compecição ao mesmo momento não abrindo a possibilidade para inscrição posterior.

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