Conforme noticiado na primeira edição do Boletim Linha Defensiva, a Zango, desenvolvedora do adware de mesmo nome, processou a PC Tools, que faz o anti-spyware Spyware Doctor. Depois de o juiz negar o pedido da Zango, que exigia que a PC Tools fosse ordenada a parar suas operações, as duas empresas declararam vitória.
A Zango foi a primeira. Em um post no blog da empresa, datado do dia 5 deste mês, a empresa afirma que conseguiu uma “vitória para o direito de escolha do consumidor”. De acordo com a Zango, o Spyware Doctor estava removendo seus softwares sem aviso, enquanto as versões mais recentes do programa notificam os usuários de forma satisfatória.
Depois veio a PC Tools. Em um comunicado divulgado ontem (6/06), o CEO da empresa, Simon Clausen, disse que a decisão foi uma “importante vitória para o direito do público de escolher quais softwares podem ser instalados em seus computadores” — essecialmente a mesma vitória que a Zango comemora.
Apesar de parecer estranho, as duas empresas tem sim razões para comemorar. A Zango conseguiu que a classificação de risco de seu software fosse diminuída no Spyware Doctor, sendo agora considerado apenas um “aplicativo potencialmente indesejado”. E a PC Tools também: se o juiz não tivesse negado o pedido da Zango, a empresa poderia ser obrigada a ter que remover completamente o Zango de seu banco de dados.
No final de 2006, a Zango foi multada em 3 milhões de dólares pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos por permitir que seus afiliados fizessem uso de técnicas injustas e ilegais para forçar a instalação de adware nos sistemas dos internautas. O software da companhia também apareceu em 8º lugar no top 10 de fevereiro da Linha Defensiva.