
Com apenas 51% do mercado, XP estava com 74% das infecções.
Uma pesquisa realizada pela fabricante de softwares de segurança Avast indica que 74% das infecções por rootkits ocorrem em máquinas com Windows XP. Ou seja, praticamente três em cada quatro das infecções mais perigosas ocorrem nessa versão do Windows.
O estudo durou seis meses e coletou 630 mil amostras, que indicaram o número de 74% das infecções em computadores com Windows XP, 17% no Windows Vista e 12% em máquinas com Windows 7.
O alto número de infecções no Windows XP pode ser explicado por ser um dos sistemas mais utilizados atualmente no mundo.
A pirataria e sistemas desatualizados também estão entre as principais causas do problema, segundo o líder da pesquisa Przemyslaw Gmerek. “Um problema com o Windows XP é o elevado número de versões piratas, especialmente porque os usuários são muitas vezes impedidos de atualizá-lo porque o software não pode ser validado pela atualização da Microsoft”, afirma.
O número de sistemas operacionais piratas é atualmente desconhecido, mas o constante crescimento da ferramenta RemoveWGA, capaz de remover as notificações de Windows pirata, pode ser um indício de que existem muitos usuários aderindo a pirataria.
O pesquisador afirmou ainda que os rootkits são a “arma ideal” para roubar dados pessoais, devido a sua alta capacidade de se ocultar nos sistemas invadidos.
Versão | Mercado | Infecções |
---|---|---|
Windows XP | 51% | 74% |
Windows Vista | 10% | 17% |
Windows 7 | 27% | 12% |
A pesquisa constatou também que infecções por MBR — que alteram o setor de inicialização do disco rígido – são as mais comuns, representando 62% dos ataques. Nas infecções de MBR o vírus é ativado antes mesmo do sistema iniciar.
Além da MBR, muitos rootkits usam drivers, que foram utilizados em 27% das infecções.
Segundo a Avast, as variantes do rootkit TDL3/TDL4 foram responsáveis por 74% dos ataques.
A maioria dos rootkits pode ser evitada com o uso de uma conta limitada no sistema.