Sistema considera as '4 dimensões' da escrita. (rccarvalhogomes0 / Pixabay / Domínio Público)

Sistema considera as ‘4 dimensões’ da escrita. (rccarvalhogomes0 / Pixabay / Domínio Público)

Pesquisadores da Lockheed Martin criaram, a pedido da Agência Nacional de Segurança dos Estados (NSA), uma tecnologia que permite usar os recursos de smartphones para autenticar um usuário pela sua assinatura manuscrita. Além dos traços da assinatura em si, a tecnologia leva em conta a pressão, a curvatura e a velocidade no momento da escrita, criando um novo meio de autenticação biométrica.

A assinatura é feita com os próprios dedos, sem a necessidade de usar uma caneta digitalizadora.

John Mears, pesquisador sênior da Lockheed IT and Security Solutions, falou à NextGov que a empresa trabalhou com a agência para criar uma “autenticação segura de gestos como uma técnica para o uso de smartphones” que seria capaz de identificar a dinâmica de toques que o usuário perfaz enquanto usa o teclado virtual em seu smartphone. A tecnologia tem suas raízes em um conceito de “dinâmica de assinatura”, uma tecnologia proveniente da Força Aérea Americana.

Os fatores biométricos medidos pela tecnologia da Lockheed, denominada “Mandrake”, são velocidade, aceleração e as curvas dos traços digitados pelo indivíduo. “Eles (NSA) certamente serão capazes de usar essa tecnologia” comentou Mears ao diferenciar o padrão quadridimensional do Mandrake do usualmente difundido padrão de assinatura à mão que, por sua vez, é bidimensional e passível de falsificação.

Lockheed, que também foi responsável por arquitetar o recém inaugurado Sistema Biométrico de reconhecimento facial, táctil, ocular e de tatuagens de um bilhão de dólares do FBI, não expressou conhecimento de como ou se a NSA teria já aplicado a tecnologia “Mandrake” nos smartphones em uso atualmente.

NSA queria contaminar lojas de apps

As intenções da NSA com pesquisas de segurança em celulares, porém, talvez não sejam as mais nobres.

Na semana passada, a CBC News e o The Intercept publicaram mais um documento secreto entre os vazados pelo ex-analista de segurança da agência de espionagem, Edward Snowden.

O documento mostra que a NSA pretendia invadir as lojas de aplicativos do Google e da Samsung para infectar smartphones com um software espião.

Escrito por Adan Ribeiro

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