Resumo
Tipo | Trojan [Keylogger] [Worm[1. Por definição, uma praga não pode ser worm e trojan ao mesmo tempo. Como a maioria dos Bankers é trojan, esta é sua categoria principal; no entanto, em alguns casos eles se encaixam como worms.]] |
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Aliases |
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Sistemas Afetados |
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Dano | Médio [roubo de senhas bancárias] |
Tamanho | Variável |
Remoção | Média |
Notas | Nome genérico dado a pragas bancárias brasileiras. |
Descrição
Banker é uma família extensa de pragas digitais que realizam a mesma função: roubam senhas bancárias. Algumas pragas são bem diferentes das outras e, por isso, recebem nomes distintos. Há, inclusive, grupos diferentes produzindo versões de Bankers sem ligação entre si.
Devido a semelhanças gerais, no entanto, a Linha Defensiva adota o termo “Banker” para qualquer ladrão de senha bancária desenvolvido e disseminado no Brasil.
O termo “banker” é também usado para descrever um criminoso de internet que atua em bancos (“banks“, em inglês), semelhante ao termo “carder” que é aplicado para especialistas em fraude com cartões de crédito. Por isso, o trojan também é chamado de “Bancos” por algumas empresas antivírus.
Muitas dessas pragas são desenvolvidas na linguagem Delphi. Antivírus detectam Bankers como Delf por essa razão.
Infecção
Há vários meios de infecção.
- E-mail: o método mais tradicional é por e-mail. Os criminosos enviam mensagens fraudulentas que tentam se passar por sites legítimos e por órgãos do governo. A praga normalmente está em um link presente na mensagem.
- Websites: criminosos invadem servidores de páginas web legítimas e alteram o código para incluir o vírus na página. Em alguns casos, se o navegador web ou plug-ins estiverem desatualizados, o Banker poderá ser instalado sem nenhum aviso ao visitante. Em outros, uma janela de download comum ou do Java poderá ser exibida para confirmar a instalação do vírus. Nesse caso, o download é disfarçado de uma versão do Flash ou outro software legítimo.
- Redes sociais: os Bankers também já foram disseminados por redes sociais, principalmente Orkut, mas também já foram registradas mensagens no Facebook. Algumas versões do Banker possuem a capacidade de se enviar automaticamente pelas redes sociais; nesse caso, a praga deixa de ser um cavalo de Troia para ser classificada como Worm.
- Mensageiros instantâneos: assim como no caso das redes sociais, o Windows Live Messenger (MSN) já foi utilizado por algumas versões do Banker para se disseminar.
Detalhes Técnicos
A maioria das versões do Banker é bastante simples. O código malicioso faz uma cópia de si mesmo em uma pasta de sistema (normalmente a pasta Windows, System32 ou alguma subpasta de Arquivos de Programas) e acrescenta uma entrada de registro para que o Windows carregue o programa toda vez que for iniciado.
Os nomes de arquivos utilizados são bastante variados. Algumas das infecções utilizam nomes aleatórios.
Em outros casos, o Banker também registra um Browser Helper Object (BHO) no Internet Explorer. O BHO vai facilitar o monitoramento da navegação do internauta, permitindo o roubo de senhas.
Os Bankers mais sofisticados possuem a capacidade de instalar um driver no sistema. A praga só conseguirá isso se o usuário estiver usando o sistema como “administrador”. Alguns Bankers conseguem se instalar mesmo com uma permissão de usuário padrão; nesse caso, a praga utilizará pastas como a “Dados de Aplicativos”, pois um usuário não-administrativo não está autorizado a copiar arquivos na pasta do Windows ou Arquivos do Programas, nas quais normalmente a praga se aloja.
Carga Maliciosa
O objetivo principal do Banker é roubar senhas bancárias. Alguns Bankers são também programados para roubar senhas de serviços on-line, como redes sociais. Outras versões do código são capazes de roubar cartões de crédito e senhas de usuários em sites de companhias aéreas, que depois serão acessadas para o roubo de milhas de viagens acumuladas.
Bankers podem roubar senhas das seguintes formas:
- Criando uma janela falsa no momento em que o internauta acessa um site cujas senhas serão roubadas;
- Modificando a página para solicitar informações durante o que parece ser um acesso normal ao banco;
- Alterando o arquivo Hosts para redirecionar os sites desejados;
- Configurando um arquivo de proxy (.pac) nos navegadores web;
- Realizando automaticamente uma transferência a partir da sessão do usuário — ou seja, o Banker “controla” o navegador e faz o internauta realizar uma transferência ou pagar um boleto automaticamente. Em alguns casos, o extrato exibido é falsificado para que o internauta não perceba a quantia roubada.
Outras ações dos Bankers, relacionadas ou não com o roubo de senhas, incluem:
- Tentar remover o software de segurança instalado por bancos;
- Reduzir a segurança do sistema, alterando configurações do Windows e do Internet Explorer;
- Disseminar-se para outros sistemas via redes sociais ou mensageiros instantâneos.
Recomendações
- Manter o sistema, o navegador web e os plug-ins, como o Java e o Flash, atualizados para evitar falhas de segurança
- Não clicar nos links de mensagens fraudulentas que chegam via e-mail
- Cuidado ao navegar nas redes sociais e acessar links, mesmo que estes forem enviados por amigos
Alertas
Remoção
Ferramentas de Remoção
A Linha Defensiva disponibiliza a ferramenta BankerFix. O BankerFix remove várias versões do Banker e detecta diversas outras.
Remoção Manual
A remoção manual depende do conhecimento a respeito dos arquivos criados no sistema. Como esta descrição é genérica e trata de várias versões distintas do Banker, não é possível fornecer instruções precisas para a remoção manual.
Links
- Symantec: Infostealer.Bancos
- Kaspersky: Trojan-Banker.Delf